Exmo. Sr. Ministro da Educação,
Quando um aluno termina o curso quer trabalhar e está disposto
a ir para qualquer lado, mas o mesmo não acontece a quem já tem família
constituída…
Como acabar com o problema da
falta de Professores e valorizar a profissão
Após o levantamento dos profissionais necessários em
cada QZP:
1 – No próximo concurso 2023/2024, depois dos lugares
preenchidos pelos QA e QZP (continuidade ou mobilidade), EFETIVAR todos
os docentes CONTRATADOS que entrarem até à segunda reserva de
recrutamento - RR2 (que se candidatarão para zonas que pretendem ir e permite
às Escolas completar em grande parte as necessidades) e, logo a seguir, todos
aqueles que têm sido colocados nestes últimos três anos (significa que a Escola
Pública precisa mesmo deles para funcionar e nessas zonas);
2 – Permitir que os Professores
em QZP optem por fixar residência (e tenham um contrato de trabalho alargado ou
efetivar mesmo na Escola da colocação, de modo a garantir que valerá a pena
comprar casa e fixar-se) ou a possibilidade de continuar a candidatar-se a
mobilidade para aproximação à residência (candidaturas anuais ou bienais).
3 – Nas zonas em que se
verifique, mesmo assim, falta de docentes, criar apoio nas ajudas de custo,
seja através de apoio monetário direto ou através da possibilidade de
usufruírem de uma casa (há imensos aparthotéis que ficam desocupados e poderiam
ser rentabilizados a preços controlados).
Outros procedimentos (atratividade da carreira)
4 – Acabar com as quotas no 5º e 7º Escalões;
5 - Recuperar o tempo de serviço congelado (mesmo de
forma parcelada, por exemplo, 2 anos em cada ano letivo…);
6 – Aumento salarial conforme a inflação.
7 – Voltar a dar o voto aos Professores para eleger os
corpos diretivos das Escolas.
E mais alguns procedimentos (qualidade educativa)
8 – Fazer um levantamento das condições das Escolas no
País e intervir nas obras ou equipamento (Há Escolas sem aquecimento nas Zonas
onde os invernos são rigorosos…);
9 – Reorganizar a forma de gestão de projetos
educativos e adequar de forma equilibrada a cada agrupamento;
10 – Melhorar a forma de comunicação e ajustar os
documentos para evitar o quadruplicar de trabalho e informação.
Os pontos a ter em atenção não nos parecem muito
complicados, julgamos que se tratará apenas de uma questão de gestão de
recursos humanos e uma enorme vontade em contribuir para uma maior estabilidade
da Escola Pública. Na verdade, o interesse máximo que uma Nação deveria ter
para dar acesso livre e gratuito a todas as crianças e jovens que procuram dar
a melhor Educação aos seus educandos.
Com os melhores cumprimentos,
Pedro Sousa, Professor
Nota: Carta enviada por email para Direção-Geral da Educação (dge@dge.mec.pt)