sexta-feira, 13 de junho de 2025

O Povo de Fafe saiu à rua no 25 de Abril

 Cravos. Militares. Carro de combate. Navio. História. Passado. Presente.

A festa saiu à rua e com ela as gentes engalanadas. Foi uma festa arrojada. Cada freguesia levou o melhor de si e sua caracterização e o povo estava lá, porque não há festa de Abril tão bonita como aquela em que o Povo esteja envolvido.

Mais uma vez se celebrou Abril. Mais uma vez se festejou a festa do Povo, porque o Povo estava lá. Os discursos podem até serem momentos de grande solenidade, num Teatro-Cinema tão elegante, mas pouco ou nada servem senão para marcar o momento, troca de galhardetes entre os partidos, umas condecorações e, obviamente, dar matéria aos jornais locais. Mas desta vez foi diferente, a envolvência do Povo nas celebrações trouxe outra vida às ruas. Aliás um povo que nunca deveria ter deixado as ruas desde o tempo em que as ‘Jornadas Literárias’ eram uma força maior da cidade.

‘O carro de Seidões ia muito bonito.’ Foram as palavras mais entusiastas que ouvi proferidas por alguém que não é de Seidões, mas foi à festa. E a descrição continuava: «Tinha os Presidentes da Junta que lá passaram e os livros da ‘nossa’ quarta classe…». Na verdade, este frase convenceu-nos. A festa apelou à memória coletiva, fez regredir no tempo, para tantos tempos duros, mas ao mesmo tempo os seus tempos de meninos, onde ainda estava tudo por descobrir.

Se os políticos que se pavoneiam de cravo ao peito ouvissem mais o Povo que sai à rua, provavelmente nunca deixariam acabar com o que é bem feito, só porque não é de sua autoria, mas criavam as melhores condições para que as Festas do Povo continuassem na Rua.