Às vezes andamos por aí com a cabeça em água e nem
entendemos muito bem o porquê. São os nervos à flor da pele. A irritação
constante. A chávena que não está bem limpa. As migalhas na mesa. O carro com
pó. A vizinha que fala alto. O cão que passou a noite a ladrar. (…)
CORTA! CORTA! CORTA!
Vamos recomeçar. 1, 2, Ação…
Há coisas que me fazem muito mal. Não suporto ver pessoas
a aproveitarem-se de outras. Sobretudo daquelas mais ingénuas. Ou daquelas com
menos capacidades de se desenrascarem. Não suporto ver pessoas a mexer nos
caixotes do lixo. Arrepiei-me quando saí na Estação do Metro no Oriente e me
deparo com tantas mantas a cobrir os sem-abrigo. A impotência, nesses casos, é
uma frustração enorme.
Somos mesmo levados, tantas vezes, a preocupar-nos com
coisinhas tão insignificantes que até nos esquecemos das verdadeiras questões. É
claro que não se pede a uma pessoa do Norte que resolva os problemas de Lisboa
diretamente, mas pede-se a todos que os resolvam com a exigência de leis que
permitam atenuar até eliminar todos estes casos. E como fazê-lo? Muito simples,
obrigar à inclusão destas situações como prioridades nos programas dos
políticos e, depois, obriga-los a cumprir. Ok, eles mentem. Pois bem, então
levarão cartão vermelho logo que possível.
Sejamos mais conscientes do poder do voto. Sejamos mais
conscientes da humanidade.
Não adianta mais andar a ver o que veste a vizinha. Nem
se o carro dela é melhor do que o meu. Se vai à missa aos domingos. Se compra
vitela ou cabrito. Mas adianta deixar essas merdas e concentrar todas as forças
na nossa vida e no que podemos fazer para que tudo seja bem melhor…
Os imbecis vão continuar a lutar pelos seus lugares. Vão
continuar a usar e aproveitar-se dos outros para lhes bater palmas até eles
chegarem ao lugarejo. Depois, logo a seguir, para ser mais preciso, descartam
os seus apoiantes porque já não servem e não usam fato e gravata (como eles,
entenda-se).
Hoje já não tenho paciência para tanta coisa. Ou melhor,
não quero ter. Afasto-me de tudo o que possa criar confusão e de importância
tenha zero. Já naquilo que acredito, ai aí a coisa pia de outra forma… Mas
deixei de dar tanta opinião. Aproveito as minhas opiniões para projetos. Os
meus projetos. Sendo que a maior parte deles nunca são individuais… mas são
meus. São da minha autoria.
E o resto do tempo? Faço o que de melhor há na vida:
estou com pessoas... que me fazem bem!
“ACEITA E SORRI!”
“AFASTA-TE DE TUDO QUE TE FAÇA MAL!”