A mudança tem destas
coisas. Agradam a uns. Desagradam a outros. E irritam sobretudo os que estão
acomodados e habituados a um ritmo de vida que só o facto de se falar em mudança
já os assusta. É também assim que vejo estes sucessivos progressos que têm
acontecido com a Câmara de Fafe. É verdade que é preciso mudar muita coisa e
até mesmo pessoas que já estão há tempo demasiado em cargos públicos. Isto de
ter políticos máquinas, que só sabem fazer caça às bruxas, que não têm
sensibilidade humana e multam por tudo e por nada… não são certamente os
melhores para esses lugares.
Quanto ao site e à nova
imagem, parece-me bem, numa primeira impressão. Quase só tive tempo de abrir o
site e fazer uma visita rápida, mas acho piada ao logótipo. Parece-me que vai
funcionar bem. O que continuo a não perceber é a teimosia em deixar a ‘Justiça
de Fafe’ fora disto…
Assim como considero que
Raúl Cunha está com o verdadeiro espírito de um político. Não sei os livros que
lê, mas há muita inspiração na Cultura Clássica. Era importante que recomendasse
a obra ‘Os Cavaleiros’ de Aristófanes aos seus colegas… sobretudo aos que ainda
só vêem a política do ‘venha a nós’.
Aprecio a postura de
alguém que não está lá para ajudar as panelinhas criadas há décadas, mas obriga
as entidades que queiram trabalhar com a Câmara a ter uma atitude transparente.
Agora só falta fazer isso com todas as entidades…
Gosto deste trabalho com outras
entidades (Carnaval, por exemplo, em conjunto com a Junta de Fafe), ainda que
não tenha percebido a razão do nome que me causou alguma estranheza: Pai das
Orelheiras? Porquê? Até pode existir alguma razão histórica, mas também é
verdade que se não existia, passa a existir e o mais importante é o conceito
que foi muito bem visto. Nesta matéria, surgiu uma observação da minha namorada
que me parece importante: «E se as freguesias com o que já fazem fossem
desfilar todas ao centro da cidade e acabasse com o Pai das Orelheiras?»
Gosto, ainda mais, de uma
nova Câmara que não quer o protagonismo só para si, especialmente quando as
ideias são de outros, mas colabora como parceiros e, deste modo, o projeto é
dos dois. Está aqui um bom pretexto para voltarem a pegar nas Jornadas
Literárias e Culturais e convidarem Carlos Afonso para as coordenar como ele
tão bem sabe. Podem, também, e é apenas sugestão, ser mais abrangentes e
solicitar registos de património e criarem uma base de dados no próprio site.
Neste campo, até têm um funcionário especialista no assunto… que tal uma
parceria com ele? Certamente quem vier a seguir, ao consultar o património de
cada freguesia, vai pensar duas vezes antes de derrubar monumentos como se
fazia até aqui.
Seja como for, agrada-me
sobretudo esta Câmara que sabe comunicar com as Pessoas! É óbvio que o trabalho
não termina e há muito a fazer. Também é evidente que o que me agrada a mim,
que não tenho tacho na Câmara, desagrada a muitos que não o querem perder (até
porque se o perdem, há alguns que nunca mais na vida irão ganhar esses
salários). Seja como for, o caminho é esse e a Comunicação não só chega às
pessoas como é possível para as pessoas.
Fica o site: http://www.cm-fafe.pt/pt/