“São devolvidas quando começam a crescer e a
dar problemas comportamentais, próprios da idade de quem está na adolescência”
Já
ouvia no tempo em que frequentei o seminário que ‘era fácil ser seminarista, mas
padre seria diferente’ e o mesmo para a questão do namoro e do casamento. Percebo
hoje que não se tratava apenas da questão da ‘facilidade’, mas sim da
responsabilidade que está inerente a cada uma das fases. Se o namoro é uma
preparação (ou estudo) para o casamento, logo por si implica que se nesse
estudo a pessoa se apercebe que não será a melhor opção, pode sempre terminar e
seguir o seu caminho sem qualquer tipo de questão burocrática que lhe complique
a vida. O mesmo não se passa com o casamento. Todos sabemos que há cada vez
mais pessoas a separarem-se, mas já implica outras questões. Muitas vezes já há
filhos. E, por muito que digam e até queiram dizer que ‘é normal’ nestes tempos,
eles sentem muito estes afastamentos. A sua atitude comportamental, a sua
disposição, as suas notas escolares… são apenas alguns dos reflexos que se
sentem quase no imediato.
Não
se trata aqui, de modo algum, de defender ou deixar de defender as opções de
cada um, trata-se apenas de constatar o óbvio.
Voltando
ao assunto inicial, à entrega das crianças que foram adotadas, preocupa-me esta
selvajaria da humanidade. Enquanto as crianças fazem tudo o que ‘os pais
adotivos’ mandam, está tudo bem, mas quando chegam à idade que todos chegamos,
das birras, afirmações e muita parvalheira, o menino ou a menina já não
interessam. E, como se fosse um produto qualquer, terminada a bateria é tempo
de a entregar.
Será
que se tivessem filhos do seu sangue, estas pessoas fariam o mesmo?