Mais do que uma casa,
Somos a Casa. Casa da Praça que olha do alto as tradições em alvoroço. Somos a
Casa que acolhe sem perguntar se tem dinheiro porque há sempre lugar para mais
um e a refeição é por nossa conta. Somos a Casa que recebeu milhares de
forasteiros. Somos a Casa que abriga. Somos a Casa que… de lágrimas nos olhos
já mal me deixa ver o que escrevo… porque a tempestade não nos derrubou, mas
uniu com unhas e dentes as tantas gerações que por lá passaram. Somos aquilo
que se chama família. Somos aquilo que se chama amizade. Somos tudo o que
representa a tradição de uma Universidade que às vezes tão pouco sabe apreciar
na prática o que apregoa nas aulas ornamentadas de teoria.
Hoje não estou lá… na
Casa. Mas também sou um pedaço dessa Casa. A Casa que o Zé Manel, o Nelo ou o
Fafe me levou a conhecer. Não estou lá, mas a Casa está cá… Porque eu… Sou da
Praça. Sou da República da Praça!
Quando tudo acabar… quando
não existir mais nenhuma razão aparente para eu voltar àquela cidade que me
acolheu de braços abertos… quando Coimbra me deixar partir de vez… eu
continuarei a ter uma Casa para me fazer voltar…