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quinta-feira, 9 de junho de 2011

Nas próximas eleições é melhor inaugurar mais qualquer coisinha!


Cada um usa as armas que tem como já é bem conhecido nestas andanças, para uns será uma hipótese e oportunidade de conseguir mais uns votos, para outros um oportunismo, para todos uns momentos que logo são esquecidos e ninguém valorizará mais, porque passou a festa passou a romaria.
As alturas eleitorais são sempre animadas, sabendo que estas são mais comentadas mediante a proximidade que têm das pessoas, ou seja, as autárquicas merecem sempre atenções redobradas apenas porque envolvem gente que todos conhecem pessoalmente e as disputas são mais apetecíveis. Embora, em certos casos, essas disputas são ladeadas de ‘raivas’ ou porque é preciso manter o ‘tachito’. No fundo, são situações próprias de defender o seu território que só são intoleráveis quando passam para a chantagem e a ameaça.
As eleições legislativas não são vividas com a mesma intensidade das autárquicas, devido a várias razões, algumas das quais já anunciadas em cima, mas também estas têm características próprias. Se no momento surgir algo que possa ser útil para reunir a população, logo se apressam para que aconteça naquele dia e naquele lugar. Quando o acontecimento merecer a inauguração, espectacular, melhor não poderia ser. Aí surgem os aplausos e depois, numa nova ‘aparição aos mais crentes na doutrina partidária’, as frases «… nós investimos nesta terra, por isso merecemos o voto das pessoas!» – exigem.
Afinal, perguntará o público mais atento, estas eleições são para a Câmara ou para o Governo?
Na verdade, tudo serve e nada melhor do que a proximidade com o público para fazer ‘vender o seu peixe’. Estão errados? Moralmente sim! Contudo, as pessoas é que têm de saber o que estão a fazer. Não adianta dizer que há partidos com esquemas montados e ameaçam ou fazem chantagem por causa de licenças, empregos… se há alguma coisa a dizer… toca a ter a coragem de o fazer, caso contrário ‘come e cala-te’! Também não adianta esperar continuamente que os outros façam o trabalho por nós, porque cada momento é único e os defensores do bem comum também deixam de apoiar quem anda aos saltinhos conforme lhe dá mais jeito.
Montar esquemas de liderança não é difícil. Basta concentrar um pouco nas movimentações e logo se apercebe como fazem para conseguir o sucesso eleitoral. Mas, a oposição tem de fazer o seu papel, apresentar novas propostas e convencer as pessoas que todos podem ter qualidade de vida e não sempre os mesmos. É difícil de o fazer? É! E será impossível? Não! Mas obriga a trabalho. Obriga a sair do conforto dos sofás e nem todos os políticos estão disponíveis para o fazer.
A vida é um dos melhores livros que ando a ler, não me obriga a passar horas em torno dele, mas obriga-me a ser uma das personagens reais. Apesar de já ter apoiado alguns políticos, que fizeram o oposto do que lhes dizia, continuo a achar que o perdão só se pode dar com arrependimento e quem comete fraudes deve ser punido! Um político tem de ser capaz de ouvir as pessoas, mas também tem de ser capaz de fazer justiça se em causa estiver o bem comum. É obrigação do político zelar pelo interesse geral e nunca esperar que o tempo se encarregue de dar a sua sanção, isso é para os amores e ‘desamores’. A justiça, determinação e trabalho têm de estar em perfeita sintonia, porque só assim se consegue combater o ‘terrorismo fraudulento’ e colocar o serviço público ao dispor de todos!
Se não for muito trabalhoso, pedia só que inaugurassem a estrada que passa à minha porta antes das próximas eleições e, já agora, com saneamento básico para pensar que já não sou de uma terra do terceiro mundo!
Pedro Miguel Sousa, in Jornal Povo de Fafe (09-06-2011)

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Abençoada TROIKA, por que tardaste?


VENI, VIDI, VICIT
‘Cheguei, vi e venci’! Poderia ser este o lema da TROIKA, mas também poderia ser outro qualquer que indicasse uma atitude forte no que respeita às negociações. Se o medo estava instalado, as conclusões, que só se irão notar quando postas em prática, parecem trazer uma lufada de ar fresco ao país. Não se deve confundir o país e os políticos, porque a estes foi passado um atestado de incompetência, não porque não se entenderam mas porque sempre se entenderam de mais!
Com as medidas anunciadas, ao contrário do que vinha a anunciar o Primeiro-ministro demissionário, para quem o mundo é sempre cor-de-rosa, apercebe-se que a reestruturação de autarquias merecerá um decréscimo de funcionários, haverá a necessidade de várias privatizações e, de tanto agrado, a justiça será colocada no lugar. Na verdade, quem não sabia que as administrações autárquicas tinham gente a mais? Quem não sabia o que se passa com a Justiça em Portugal? Quem tem dúvidas das gestões feitas pelas empresas públicas e das apetecíveis regalias?
A TROIKA ‘chegou, viu e venceu’, porque precisávamos mesmo deles, porque não estávamos mesmo nada bem, porque eles têm dinheiro para emprestar e nós temos que acatar as suas regras. Se observarmos bem, nada mais é do que um empréstimo que nos obriga a ter encargos obrigatórios.
Com as eleições à porta, com a casa já planeada, esperamos que o novo governo seja muito mais inteligente na sua construção. Está na altura de um verdadeiro entendimento, nunca uma ‘unidade nacional’, porque essa já existiu e continua a existir entre os dois grandes partidos que combinam os lugares que cada um vai ocupar. É uma espécie de «não me faças mal enquanto governas porque a seguir vou para lá eu…». Este é o grande problema da sociedade portuguesa, ser demasiado bipolar. Seria importante que os partidos mais à esquerda ou mais à direita tivessem maior representatividade, pois obrigaria a uma constante negociação e, deste modo, os governantes não poderiam ser arrogantes.
Deste modo, esperamos que Portugal ‘ganhe juízo’ e que o próximo governo saiba acolher mais do que um ou dois partidos na governação. É preciso alargar a participação de todos os portugueses e isso só se consegue com a envolvência de ideias diferentes para tornar um país mais competitivo e com excelente aceitação no mercado internacional.
Pedro Miguel Sousa, in Jornal Povo de Fafe (06-05-2011)

sábado, 2 de abril de 2011

O FMI pode descobrir os podres dos governantes


O Fundo Monetário Internacional (FMI) tem sido retratado como um bicho muito mau que pode colocar a vida das pessoas numa desgraça. Mas será que a vida das pessoas já não está difícil? É certo que recorrer a ajuda não é bom sinal, mas será que o FMI é assim tão mau ou será que pode descobrir o buraco para onde foi sendo atirado o dinheiro dos nossos impostos e, por isso, alguns governantes lhe têm tanto medo?
Já que todos temos a mania de nos agarrar a memórias e mitos, gostaria de relembrar aquele a quem todos temiam que ninguém se atrevia a passar por ele, o Adamastor. O mito foi perdurando até que um povo, guerreiro e destemido, que já tinha conquistado a terra e se virara para o mar, resolveu enfrentá-lo. Esse herói chamava-se ‘POVO PORTUGUÊS’.
O Eng. Sócrates Pinto de Sousa, Primeiro-ministro de Portugal demissionário, tem muito medo a este adamastor, não sabemos o porquê, mas sabemos que se tem medo não pode continuar a ser o timoneiro de um barco que está no meio da tempestade. É verdade que o FMI baixou o salário mínimo na Irlanda, mas tomáramos nós viver com o actual salário mínimo da Irlanda agora!
O que nos apraz registar sobre o FMI não é o considerar que esta seja uma solução desejável, mas é melhor que venha antes que isto se afunde de vez. Os nossos governantes já deram prova que não sabem gerir os nossos impostos, por isso vamos lá contratar alguém, ainda que lhes paguemos mais, para que possam retomar este país que já vinha assumindo PEC atrás de PEC e nada garantia que ficaríamos só pelo quarto.
A preocupação, que agora estamos a assistir destes (des)governantes, não é propriamente pelo país, mas pelos lugares à sombra que estes senhores se foram habituando e nós culpados por alimentar estes mesmos sítios. Como qualquer pessoa que deixa de produzir para o seu sustento, Portugal fez o mesmo. Hoje não temos agricultura, hoje não aproveitamos o mar, hoje estamos falidos.
No entanto, continuamos com terra e com mar, embora nem sabemos cultivar nem pescar, mas temos formação em gestão, marketing, letras, saúde… só precisamos de chamar os nossos pais para nos ensinarem a plantar umas batatas, umas couves e outros alimentos para que possamos juntar a sabedoria da terra e do mar com a formação que tivemos, talvez assim a economia portuguesa volte a crescer.
Pedro Miguel Sousa, in Jornal Povo de Fafe (01-04-2011)

sábado, 26 de março de 2011

E se Portugal comprasse mais frota marítima em vez do TGV?


Não neste momento, obviamente!
As grandes obras ou investimentos em Portugal têm dado sempre muito que falar. Se não se compra é porque não temos missão, se se compra é um desperdício dos nossos impostos. Esta é a norma que nos oferece observar um país de costumes pouco determinados que mais não tem do que memórias de um passado promissor. Mas, por falar nisso, até quando?
Os estádios deviam ser cinco, mas lá construíram dez. Os submarinos não eram precisos, mas toca a comprá-los. O TGV não é mesmo preciso, mas vai ter de ser…
Se em tempos pensava que tudo poderia ser má gestão, e continuo a pensar, hoje olho de forma diferente para estas apostas. Neste momento, a situação do país não suporta o TGV, por isso, deve ser adiada a sua aquisição. No caso dos estádios, está mais que provado que não precisávamos mesmo de tantos estádios, mas já que estão é preciso rentabilizá-los, quanto mais não seja com espectáculos e outras actividades lúdicas e desportivas. Os submarinos, ainda que tenha e vá permitir mais conversas, deviam ser assumidos como uma mais-valia definitiva e conquistar novamente o que é nosso por direito, ou seja, o belo mar português.
Somos um povo conquistador nas memórias, talvez seja essa a nossa desgraça, que viu para lá da linha do horizonte e começou por plantar um pinhal (Pinhal de Leiria) para que este servisse para construir as naus das descobertas, será assim tão difícil perceber que a nossa salvação passa por produzir em terra e levar além-mar? Será tão difícil perceber que os próprios submarinos podem ser úteis para explorar o nosso mar, que é mais extenso do que o território terrestre português? Será que não existe um ‘pocinho’ de petróleo nesta imensidão de água?
Na verdade, nem do território continental sabem tirar proveito, quanto mais do mar!
Pedro Miguel Sousa, in Jornal Povo de Fafe (26-03-2011)

sexta-feira, 18 de março de 2011

‘Sou da Geração…’


… que não podia esperar muito mais do que o que se está a passar neste momento!
Milhares de pessoas, de idades muito diferentes, marcaram as principais praças deste país, desfilando pacificamente contra políticas que teimam em nada nos beneficiar. Desta vez, o que merece maior aplauso, não havia qualquer organização política a comandar as tropas, apenas a força e determinação de quatro jovens que já marcaram a história deste país com a sua astúcia e perspicácia.
Neste momento, depois de tantos comentários sobre o que realmente se passou, é chegada a hora de questionar o que realmente se está a passar e o que se deve fazer para alterar o rumo péssimo para o qual caminhamos. Não serão mais os milhares de pessoas que saíram à rua o tema principal de discussão, mas sim o encontrar de soluções para que estes e os outros todos não precisem de voltar a fazer o mesmo.
«Geração à rasca – a nossa culpa», um tema publicado no blog ‘Assobio Rebelde’ (http://assobiorebelde.blogspot.com), o seu autor, que assume responsabilidades, dá conta dos erros continuados e que provocaram esta crise. Entre muitas outras situações destacamos duas fundamentais: na primeira – fala do tipo de vida que os jovens levam, uma vida que a maioria das pessoas foi privada na sua juventude, mas conseguiu dar isso aos seus filhos como um curso superior, o primeiro carro e dinheiro no bolso para os concertos e outras extravagâncias; a segunda – refere-se directamente à responsabilização com a falta de educação e formação que não souberam dar.
Estas são palavras sábias, retrato de um país com exactidão. A culpa tem de ser de alguém, se bem que não é mais essa que interessa mas sim a resolução dos problemas. Nós, a geração rasca agora à rasca, fomos mesmo uns privilegiados. Pudemos estudar nas melhores Universidades deste país, tivemos sempre a carteira dos nossos pais para nos proteger e nunca nos faltou uma camisa lavada ou umas calças novas para sair ao lado dos meninos mais ricos. Nós, geração à rasca, somos apenas vítimas do esbanjamento! Estamos todos à rasca, mesmo todos e de todas as idades. A crise não é só para a nossa geração, até porque nós teremos um futuro mais promissor, uma vez que os nossos pais apostaram na nossa formação, mas o mesmo não poderão dizer os mais velhos que viveram momentos de loucuras e ilusões e os empregos também não chegam para eles. O país está em crise em todos os níveis.
Referimos e sublinhamos, novamente, a palavra ‘crise’. Não adianta mais um Primeiro-Ministro vir dizer que ‘se a Assembleia da República não aprovar o PEC 4, entraremos em crise política’, pois essa já está instalada e Sócrates é o principal responsável. Terá de ser responsabilizado por isso. A sua atitude de ´vítima´ já enoja! O que ainda não se conhece mesmo são as razões que irão levar a este PEC 4, quando os governantes diziam que não seria necessário mais nenhum, o que estará a esconder o Primeiro-Ministro?
Num dos comentários do Fecebook, alguém dava conta desta enormidade do governo em deixar o desporto dos ricos (Golf) a 6%. E, mais uma vez, perguntamos: É este o senhor da esquerda? É isto o socialismo? É este que defende o estado social? (Todos sabemos que não, apenas alguns o podem afirmar!) Pelo contrário, é este indivíduo que penaliza as famílias mais necessitadas ao retirar-lhes o abono, é este senhor que não tem escrúpulos e pinta um país de cor-de-rosa quando todas as outras instituições internacionais e até nacionais dizem que a situação é gravíssima.
Se ainda queremos acreditar neste país, vamos apostar novamente numa formação/educação sólida. Devolver à Escola a sua responsabilidade social, que implica todos os sectores sem excepção, e fazer com que esta forme homens e mulheres com qualidades que mereçam um país à imagem e semelhança de iguais capacidades.
Numa perspectiva de melhoria de um país, será necessário uma justiça social que obriga à liberdade de expressão, isto faz parte da referida educação, por isso, neste momento, importa aqui deixar as felicitações ao ‘POVO DE FAFE’, que ao seu jeito vai contribuindo para uma comunidade de língua e expressão portuguesa mais informada e permite a confrontação de ideias nos seus comentários de opinião. Importa também reforçar o seu papel e a sua missão enquanto órgão de comunicação social local, uma vez que são os únicos instrumentos que registam os acontecimentos locais com maior proximidade, ainda que estes devessem ser muitas vezes explorados de diferentes pontos de vista, o que significa registar a história de um Povo que é o Povo de Fafe.
Pedro Miguel Sousa, in Jornal Povo de Fafe (18-03-2011)