sexta-feira, 24 de maio de 2019

Voto a favor. Voto contra. Voto a favor.


A política portuguesa bateu bem no fundo! Os deputados, os tais representantes (deles próprios ou, melhor, dos interesses corporativos que representam), os soberanos desta nação à beira mar plantada, andam a brincar às birras eleitorais e nós continuamos a pagar-lhes o ordenadozão como se nada fosse!
Pategos! Otários! Somos mesmo umas bestas-quadradas que nem as 100 chicotadas de outrora eram suficientes para nos fazerem perceber que só elegemos gente para nos complicar a vidinha.
O que adianta dizer que aquele grupo só está preocupado em defender os bancos da falência e os altos cargos em empresas que pagam milhões? Ou o perdão das dívidas aos ricalhaços? Ou o aumento de salários, mas só para aqueles que já ganham muito e podem pôr as suas vidas em causa?
O Governo insiste que a reposição do tempo de serviço dos Professores é dispendiosa e pode levar o país a um retrocesso financeiro. Depois é injusto não contabilizar para as outras classes profissionais… É claro que tudo isto é verdade. Mas onde estão os verdadeiros gestores?
Ora vamos lá raciocinar um bocadinho, mas vamos lá passar a coisa para laranjas. São precisas 800 laranjas para que todos possam ter o que é seu por direito. No bolo todo, o governo só tem 200 para distribuir. Faltam 600. Como se podem obter as que faltam?
Provavelmente deveriam começar pelas gorduras do próprio Estado. Cortar aos carros de luxo. Às viagens. Às comezainas. Reestruturar as instituições públicas que gastam milhões só porque os serviços estão obsoletos. Depois incentivar a um maior investimento. Ajudar a fazer dinheiro para que isso traga mais impostos. Aumentar o próprio salário mínimo. É uma vergonha o dinheiro pago a um trabalhador que passa 8 horas dentro de uma fábrica. Criem incentivos às empresas que paguem melhor. Ajudem-nas na exportação. Se um trabalhador ganha mais também vai pagar mais impostos. O estado só lucra com isso.
Estes últimos dias, no meio de tanta teatralidade, o que sobressaiu mais foi mesmo a triste figurinha dos atores envolvidos. Todos sabem que são precisas 800 laranjas. Só existem 200. Mas não se ouviu nem uma proposta para descobrir como fazer para conseguir as outras 600.
Estes políticos só sabem mesmo gerir o país com os impostos previamente estabelecidos. Não estaria na altura de traçar novas leis de incentivo ao crescimento e com isso todos beneficiassem?
Deixem de atribuir aos privados o que deveria ser de gestão pública (Escolas, Hospitais, Água e Luz…), rentabilizem os recursos que andam tantas vezes desperdiçados, e façam leis que proporcionem uma aposta das empresas nos seus trabalhadores e na sua produtividade.
Fazer bonito com o dinheiro dos outros é fácil! Mas fazer bem com projetos inovadores, já não é a mesma coisa!