segunda-feira, 30 de abril de 2018

Se os partidos políticos não garantem mais a defesa da ética, formemos listas de cidadãos e vamos à luta pela democracia

Um banqueiro que controla tudo e todos! Um ministro que recebe a dois carrinhos! Vários deputados que têm ajudas de custo a duplicar e, pelo menos um deles, fortemente defendido pelo próprio presidente da Assembleia da República como se fosse tudo normal. Um governante que lucrou milhões e milhões e outra vez milhões e mais milhões, enquanto o país atravessava uma das maiores crises e tantos contribuintes ficaram sem as suas poupanças…
Estas foram as notícias mais destacadas da semana! Precisamente a semana que antecede mais uma celebração do 25 de Abril. Mas qual Abril? Certamente o deles, pois o nosso continua a ser celebrado a cerca de 700 km e sem ajudas de custo… Só esperamos que esteja bom tempo para ao menos poder usufruir das maravilhas da natureza!
Há uns anos atrás, ainda estudante na Universidade de Coimbra, uma colega de Fafe e estudante de Ciências Farmacêuticas, Cecília Pinto, numa das nossas conversas casuais sobre a nossa cidade de Fafe, dizia que os candidatos nas eleições autárquicas não deviam ser os partidos, mas listas independentes. Se há 20 anos atrás esta ideia me pareceu bem justificada, hoje acho que ganha ainda mais sentido. Os partidos políticos tornaram-se numa espécie de Quintas ou Herdades que têm um dono, o senhor da casa grande, e nós não passamos de caseiros que temos de trabalhar sem ter direito sequer a um pedaço de terra ou uma casotinha.
A Cecília tinha razão há vinte anos! Com todo este descrédito da classe política, acredito cada vez mais que há uma necessidade enorme de acabar com estes feudos de alguns figurões, que quando têm a ‘pança’ bem cheia põe lá a mulher, a irmã ou os filhos, e fazer crescer uma onda reformista com grupos ou movimentos devidamente organizados nos princípios éticos e valores do verdadeiro sentido do Abril de 74.
Não querendo com tudo isto dizer que as pessoas devam fazer o que aconteceu em Fafe, ou seja, zangaram-se com o seu partido e toca a criar movimentos, muito pelo contrário, é preciso que os cidadãos se organizem e sejam livres de partidarites. É urgente que se juntem pessoas de áreas e ideais diferentes, pois só na pluralidade de ideias é que se encontrará um rumo mais seguro para o futuro próspero da população que somos todos nós.
Por um Novo 25 de Abril, ou mudam os partidos ou mudemos nós!