Os incêndios são um flagelo todos os anos. Todos esperamos o bom tempo para
as grandes festividades, os casamentos, as comunhões, a praia e os festivais…
mas sabemos que no bom tempo também aparece um dos maiores pesadelos para a
espécie humana.
Não nos cansamos mais de chamar ‘heróis’ aos bombeiros, e bem, mas eles são
heróis durante o ano todo, mesmo no Inverno, porque estão lá sempre… não
precisavam de ter a função de apagar chamas para serem considerados como tal,
basta o auxílio que dão às populações, estando, para isso, 24h sobre 24h de
prevenção.
É sempre a mesma coisa. Todos os anos a mesma conversa. Não faltam
conhecedores das causas e consequências dos incêndios, mas não há uma política
verdadeiramente eficaz para acabar com tudo isto.
O que se pode fazer?
Penso que já foi mais do que discutido o que se pode fazer, mas basta que
se conheçam donos aos terrenos e os obrigue à sua limpeza. Há apoios para isso,
fiscalize-se. Não quer limpar? Paga multa ou fica sem o terreno, já que não é
responsável para o ter… É claro que aí o Estado terá de se responsabilizar pela
limpeza ou, quem sabe, pela cedência para cultivo em troca de o manter limpo e
produtivo. O mesmo em todos a seu cargo…
Enquanto não se criar uma política a sério, isto vai acontecer ano após
ano. Há muitos interesses e, o mais engraçado, é que já nem lhes importa
esconder… é tudo à descarada!
Este ano foi demais. Há pessoas que perderam a vida porque não tiveram
hipótese de escapar ao cerco do fogo… até dói só em pensar!
Acho que já chega de pensar no lucro, não? Anda um país inteiro à mercê de
meia dúzia que lhes dá jeito: o aluguer dos helicópteros, a madeira mais
barata…
E se tudo estivesse mesmo limpo? Com outro tipo de árvores?
Não dá lucro no imediato, pois não?
Acho que vamos ter mesmo de aceitar que algum familiar
dos deputados compre uma frota de helicópteros, os de outros abram empresas de
limpeza de terrenos e os de outras empresas de cultivo de terrenos cedidos pelo
estado… pode ser que assim, com a adjudicação à família dos legisladores, já se
consiga uma política que favoreça os portugueses.