O Rally sempre de prego a fundo. O Fafe foi à luta. Falta cumprir-se a
Justiça de Fafe.
Não há hipótese. O Rally de Portugal não tem cenário mais bonito do que as
serras repletas de forasteiros que rumam ano após ano à mais emblemática
catedral da modalidade. Este ano nem o Raminhos faltou. O bom humor subiu a
bordo de um dos carros para fazer o famoso salto de Fafe. E não foi o único.
Bloggers e Vlogers já viram que o espetáculo é para aproveitar. Dá likes.
Muitos likes.
O Fafe não conseguiu a manutenção. Esse não era o desejo de quem há um ano
conseguiu uma das maiores festas do Clube, mas o Fafe venceu! Aceitaremos com
facilidade outras opiniões, mas o Fafe foi um grande vencedor. Há quanto tempo
não se via tanta euforia à volta da mágica? Não vale vir com as tretas do
costume: ganha, são os maiores e perdem, já não prestam… Haja reconhecimento. É
preciso aplaudir quem deu o corpo às adversidades de um clube que não nada em
dinheiro, mas que nem isso o demoveu de ir à luta. É sempre melhor morrer de pé
do que viver a rastejar. Já não me lembrava de ouvir falar tanto no Fafe como
este ano. Até pelos Algarves era interpelado para ouvir falar do ‘seu Fafe’,
diziam-me tantas vezes…
Fafe, Terra da Justiça. Mas que faz pouco uso do seu potencial. Bem, não
faz quase nada para ser mais sincero. Lá se criaram uns eventos em torno do
nome, mas agarrar a coisa como deve ser, não será trabalho para os próximos
tempos! Está à vista, mesmo!
O Rally não precisa de mais apresentação. Talvez saber rentabilizar melhor
seria importante. O Fafe terá de reorganizar o seu trabalho para surgir com
mais força. A vitela já tem festival. Há uma Terra Justa com mediatismo. Só
falta mesmo um evento genuíno à verdadeira “Justiça de Fafe”, a mesma que só
intelectuais como Camilo Castelo Branco sabiam retratar e os fafenses a
conhecem como ninguém e não têm qualquer vergonha de a assumirem como sua ou
não fossem eles de Fafe, vejam só!