O discurso de apresentação da lista do Tó Zé chegou ao meu conhecimento.
Não levem a mal não dizer o Eng. António José Silva mas, sinceramente, espero
que continue a ser o Tó Zé porque é assim que a malta o conhece na dedicação às
causas. Claro que o canudo dá-lhe credibilidade científica, mas essa só será
relevante se juntar sempre o humanismo nas suas ações.
Não votarei para a Junta de Fafe, mas achei curioso o que se aponta para a
Freguesia de Fafe e há muito que defendo que as pessoas um dia vão começar a
ser mais exigentes e vão votar em ideias concretas. Se vai ser já desta vez?
Não sei.
Relativamente à apresentação da lista e ao discurso, não poderia deixar de
destacar a astúcia em criar uma lista diversificada. Tem muitas mulheres. Muito
bem. A política precisa de ouvir mais o sexo feminino. Há questões que são
tratadas com outra sensibilidade se forem tratadas por mulheres. Nunca achei
piada a querer que tudo fosse igual, do mesmo modo, por homens e mulheres. Por
alguma razão são sexos diferentes. É mesmo da natureza. Não se trata de
direitos, ok? Esses têm de ser mesmo iguais e ponto. Mas há características que
são tratadas melhor por homens e outras por mulheres. Um pai não é igual a uma
mãe. Há gestos que só o pai tem e outros só a mãe sabe fazer… um não substitui
o outro. Se conhecerem alguém que tem de fazer o papel de ambos, perguntem-lhe
se não tem de se redobrar… Não é fácil!
Eu mesmo gostava de ver mulheres a escrever a sua opinião no Povo de Fafe.
Tenho a certeza que o Povo de Fafe sairia muito a ganhar. Se for questão de
espaço, posso partilhar o meu…
Clara Paredes Castro foi um nome que me saltou à vista. Foi uma das
convidadas num debate organizado pelo Club Alfa sobre o Turismo e,
confesso-vos, que grande lição sobre o assunto. A mulher sabe do que fala. Se
um dia fizer uma lista à Câmara, aí terei de ser mesmo candidato e ‘não
candidato’ como agora… A Clara vai comigo!
“Novas tecnologias e inovação, acessibilidades pedonais, corredor verde,
parque canino, abastecimento elétrico, autocarro, reaproveitar escolas para a
sede da junta, espaço de juventude e voluntariado, gestão do cemitério como
outras freguesias, dinamizar os bairros, apostar na transmissão
histórico-cultural de Fafe, criar atividades para promover o comércio…” são a
recolha rápida das propostas. À primeira vista sou levado a dizer que há
questões levantadas que me parece estranho ainda não estarem a acontecer. Daqui
a três anos, mais coisa menos coisa, será valorizada a criatividade. Se uma
comunidade não acompanhar o tempo vai ficar para trás. Todas as propostas têm
de passar obrigatoriamente por uma reorganização que envolva as novas
tecnologias, não para substituir o contacto humano com a natureza, mas para que
facilitem a sua atuação. Quanto mais organizado estiver a comunidade mais tempo
terá o cidadão para se dedicar ao ócio e ao desfrute do que de melhor a vida
lhe oferece: a família, os amigos, a leitura, a vida ou a natureza por
excelência!