terça-feira, 1 de novembro de 2016

Um dia vou ser Gestor da Caixa Geral de Depósitos ou Vereador da Cultura em Fafe

Estou indeciso entre estes dois cargos. Se me sinto preparado para assumir o segundo, mais ainda me considero motivado para exercer funções no primeiro. Como já ando nisto há uns anos, sei bem que este será um dos artigos mais lidos. Não porque me atiro para um cargo onde os milhares estão em cima da mesa como na CGD, mas porque há eleições para o próximo ano e as especulações já começaram. O que faz com que tudo o que se possa escrever e dizer sobre política é interesse dos concorrentes aos mais diversos cargos.
Estes dois temas parecem-me importantes realçar no momento. Um porque é tema do momento e o outro para chamar a atenção dos votantes para a necessidade de centrarem a sua escolha em bem mais do que no cabeça de lista. Se soubéssemos antes quem seriam os candidatos e os cargos que ocupariam, talvez as respostas às mais diversas necessidades fossem mais respeitadas.
Há indivíduos que não têm a mínima capacidade para o cargo que lhes está confiado, mas como a votação é muito centrada no número um, pouco importa se o Vereador da Cultura é ou não uma pessoa criativa e com vasto conhecimento no mundo das artes. O mesmo se passa, muitas vezes, com a pessoa que desempenha funções na Ação Social, que mais não sabe do que aparecer na fotografia a entregar mais um cheque pelo subsídio atribuído para a reparação de uma habitação e o mesmo se passa noutros cargos…
Os cargos deveriam ser mais estudados pelos partidos, mas isso só irá acontecer quando os cidadãos forem mais exigentes com as propostas que lhes são apresentadas.
Voltando à Caixa Geral de Depósitos, parece-nos que há um excesso na atribuição dos valores. Ainda que possamos compreender a necessidade de encontrar alguém com capacidades acima da média, isso não é garante que são realmente os melhores. O que me parecia mais justo, e até aceitando que o ordenado pudesse ser o que foi atribuído, seria que existisse uma responsabilização se as coisas não corressem bem. O risco é demasiado elevado. Se bem que isto deveria ser aplicado a todos os gestores, salvaguardando-os, mas responsabilizando-os em caso de prevaricação.

Ainda não sou candidato. Descansem. Pelo menos por agora.