Estou indeciso entre estes
dois cargos. Se me sinto preparado para assumir o segundo, mais ainda me
considero motivado para exercer funções no primeiro. Como já ando nisto há uns
anos, sei bem que este será um dos artigos mais lidos. Não porque me atiro para
um cargo onde os milhares estão em cima da mesa como na CGD, mas porque há
eleições para o próximo ano e as especulações já começaram. O que faz com que
tudo o que se possa escrever e dizer sobre política é interesse dos
concorrentes aos mais diversos cargos.
Estes dois temas parecem-me
importantes realçar no momento. Um porque é tema do momento e o outro para
chamar a atenção dos votantes para a necessidade de centrarem a sua escolha em
bem mais do que no cabeça de lista. Se soubéssemos antes quem seriam os
candidatos e os cargos que ocupariam, talvez as respostas às mais diversas
necessidades fossem mais respeitadas.
Há indivíduos que não têm a
mínima capacidade para o cargo que lhes está confiado, mas como a votação é
muito centrada no número um, pouco importa se o Vereador da Cultura é ou não
uma pessoa criativa e com vasto conhecimento no mundo das artes. O mesmo se
passa, muitas vezes, com a pessoa que desempenha funções na Ação Social, que
mais não sabe do que aparecer na fotografia a entregar mais um cheque pelo
subsídio atribuído para a reparação de uma habitação e o mesmo se passa noutros
cargos…
Os cargos deveriam ser mais
estudados pelos partidos, mas isso só irá acontecer quando os cidadãos forem
mais exigentes com as propostas que lhes são apresentadas.
Voltando à Caixa Geral de
Depósitos, parece-nos que há um excesso na atribuição dos valores. Ainda que
possamos compreender a necessidade de encontrar alguém com capacidades acima da
média, isso não é garante que são realmente os melhores. O que me parecia mais
justo, e até aceitando que o ordenado pudesse ser o que foi atribuído, seria
que existisse uma responsabilização se as coisas não corressem bem. O risco é
demasiado elevado. Se bem que isto deveria ser aplicado a todos os gestores,
salvaguardando-os, mas responsabilizando-os em caso de prevaricação.
Ainda não sou candidato.
Descansem. Pelo menos por agora.