... foram as palavras mais bonitas que alguma vez ouvi.
Aquela certeza, estampada naqueles olhos castanhos brilhantes, fazia de mim o
homem mais feliz do mundo.
O café do Avenida era o ponto de
encontro. Claro, o café era o pretexto. Ninguém queria beber nada. Era mais uma
desculpa inocente para dois corpos que se querem amar, mesmo que um deles o
negue insistentemente.
Os dois amantes percorriam as calçadas
apressadas. Desejosos que nenhum conhecido atravessasse o caminho. A temperatura
dos corpos abrasados... Os olhares cruzados entre sorrisinhos tímidos e
comprometedores anunciavam a festa dos corpos entrelaçando-se nas mais
deliciosas cumplicidades da vida.
A janela pendular marcava o tempo entre a razão e o
imaginário.