terça-feira, 17 de junho de 2014

Ainda sobre o debate

O tempo ainda é curto para avaliar. A era das tecnologias não deixa o mundo parar. Logo, o tempo é curto mas o mundo não vai parar. Correu bem? Correu menos bem? Aspetos positivos? Aspetos negativos? Querendo puxar a brasa à minha sardinha, só o facto de conseguir juntar um grupo de pessoas e discutir livremente Fafe já é uma grande vitória.
Mais do que tirar conclusões, como já tive oportunidade de referir na nota da imprensa enviada para o jornal local e blogues que tratam o concelho na globalidade (COMBOIOdefafe e JORNALdeFAFE), este debate pretendia “abrir a discussão”. Mostrar a necessidade de envolver a comunidade e os órgãos que nos representam na procura do sucesso no turismo, pois esse tem de ser o caminho a seguir.
Foram convidados políticos, empresários, todos os vereadores eleitos, associações… veio quem veio e isso bastou. Até porque há individualidades que só aparecem se forem convidados de honra e, nestes debates, todos são convidados de honra, desde os organizadores, os oradores e os espetadores. É uma forma não inovadora, mas diferente de assistir e participar no teatro (da vida). O que não basta mesmo é saber que continuarão de costas voltadas estas individualidades supra citadas e a trabalhar individualmente. Fafe é pequeno, precisa de criar sinergias entre os diferentes agentes.
Claro está que existe um trabalho que tem de ser feito. Uma coordenação capaz que passa por fazer jogar as diferentes áreas que possam fazer com que o turista nos visite (Cultura, Arte, Gastronomia, Desporto…). Não há um livro sobre isto em Fafe. Mas há matéria suficiente para o escrever.
No entanto, esse livro não pode ficar fechado, nem tão pouco precisa ser escrito por uma só pessoa porque quer ganhar os ardinas de ouro, mas talvez passe pela criação de um grupo com técnicos especializados nas diferentes áreas (não daqueles licenciados à pressão para serem doutores).
Há custos a suportar. Agora, ou a autarquia assume esse trabalho ou contrata alguém para o fazer. Mas vejamos, já antes tivemos uma discussão próxima em relação ‘à produção cultural’, a autarquia foi contratar fora, talvez deva equacionar bem antes de fazer asneiras, até porque há características muito próprias em cada cidade e sem uma verdadeira prospeção não funciona. É também evidente que pode descartar essa tarefa na Naturfafe, mas só o consegue com um gestor competente e não com um boy qualquer, sejamos realistas.

Há sempre outra hipótese para a autarquia: NÃO FAZER NADA e continuar assim até aparecer outros vereadores que queiram fazer alguma coisa por Fafe.