O tempo ainda é curto
para avaliar. A era das tecnologias não deixa o mundo parar. Logo, o tempo é
curto mas o mundo não vai parar. Correu bem? Correu menos bem? Aspetos
positivos? Aspetos negativos? Querendo puxar a brasa à minha sardinha, só o
facto de conseguir juntar um grupo de pessoas e discutir livremente Fafe já é
uma grande vitória.
Mais do que tirar
conclusões, como já tive oportunidade de referir na nota da imprensa enviada
para o jornal local e blogues que tratam o concelho na globalidade
(COMBOIOdefafe e JORNALdeFAFE), este debate pretendia “abrir a discussão”.
Mostrar a necessidade de envolver a comunidade e os órgãos que nos representam
na procura do sucesso no turismo, pois esse tem de ser o caminho a seguir.
Foram convidados
políticos, empresários, todos os vereadores eleitos, associações… veio quem
veio e isso bastou. Até porque há individualidades que só aparecem se forem
convidados de honra e, nestes debates, todos são convidados de honra, desde os organizadores,
os oradores e os espetadores. É uma forma não inovadora, mas diferente de
assistir e participar no teatro (da vida). O que não basta mesmo é saber que
continuarão de costas voltadas estas individualidades supra citadas e a
trabalhar individualmente. Fafe é pequeno, precisa de criar sinergias entre os
diferentes agentes.
Claro está que existe um
trabalho que tem de ser feito. Uma coordenação capaz que passa por fazer jogar
as diferentes áreas que possam fazer com que o turista nos visite (Cultura,
Arte, Gastronomia, Desporto…). Não há um livro sobre isto em Fafe. Mas há
matéria suficiente para o escrever.
No entanto, esse livro
não pode ficar fechado, nem tão pouco precisa ser escrito por uma só pessoa
porque quer ganhar os ardinas de ouro, mas talvez passe pela criação de um
grupo com técnicos especializados nas diferentes áreas (não daqueles licenciados
à pressão para serem doutores).
Há custos a suportar. Agora,
ou a autarquia assume esse trabalho ou contrata alguém para o fazer. Mas
vejamos, já antes tivemos uma discussão próxima em relação ‘à produção cultural’,
a autarquia foi contratar fora, talvez deva equacionar bem antes de fazer
asneiras, até porque há características muito próprias em cada cidade e sem uma
verdadeira prospeção não funciona. É também evidente que pode descartar essa
tarefa na Naturfafe, mas só o consegue com um gestor competente e não com um
boy qualquer, sejamos realistas.
Há sempre outra hipótese
para a autarquia: NÃO FAZER NADA e continuar assim até aparecer outros
vereadores que queiram fazer alguma coisa por Fafe.