A minha postura perante a política não é nada a do ‘lambe botas’. Para
dizer a verdade, nem na política nem em nada da vida. Não consigo sequer
imaginar-me a viver dessa forma. Não sou daqueles que se considera sabedor de
tudo, sei bem respeitar as hierarquias, mas também sei que para cumprir o meu
trabalho com qualidade, basta dedicar-me com todo o profissionalismo sem ter de
me vergar cada vez que vejo um superior. Ele faz o trabalho dele e eu faço o
meu. Ponto!
Não sou um defensor de muitas políticas que se seguem, ainda, no concelho
de Fafe. Basta ver que o saneamento básico continua sem se fazer notar, há uma
política cultural restrita à cidade, não se conhecem estratégias no turismo… ou
melhor, não há um plano estratégico. E, como é óbvio, a falta desse plano
implica a ausência de uma série de intervenções urgentes no concelho que
permitam colocar Fafe nas melhores localidades para se viver.
É verdade. Sou um inconformado. Mas sou um inconformado porque Fafe tem
muito por onde crescer e a massa crítica só se intensificou nestes últimos anos
com o surgimento das redes sociais. Uma terra sem massa crítica não cresce.
Fica estagnada. Em Fafe foi o que aconteceu durante décadas a fio. A massa
crítica era controlada. Quando se pega num livro que aborde Fafe, parece que é
tudo muito bonito, sem problemas, sem confusões… Mas não é assim que uma cidade
pode crescer definitivamente!
Hoje não vou tecer comentários críticos. Muito pelo contrário. Hoje vou
elogiar este feito da autarquia na disponibilização de um autocarro para levar
estas senhoras que precisam de exames para despistar qualquer situação que
possa colocar as suas vidas em risco. Para isto sim, podem e devem usar o
dinheiro dos meus impostos. E podem e devem também continuar a apoiar estas
pessoas se a doença se verificar porque é nessas alturas que mais precisam de
todos nós. Se no final não se conseguir fazer mais uma estrada, certamente que
todos nem se lembrarão quando a comunidade se sentir protegida.
Informação: Sic Notícias