quarta-feira, 12 de março de 2014

«Um escravo à inteira serventia da sua deusa!»

Cena IX

(Psique deslumbra-se com esta dedicatória amorosa e quando terminam a cantoria, corre e joga-se nos braços do seu amado)

PSIQUE (Agarrada ao pescoço de Cupido e beijando-o)
Tu és louco! Tu és divinal! Tu és…

CUPIDO

            … um eterno apaixonado! Um escravo à inteira serventia da sua deusa! A mais bela e mais carinhosa de todas as mulheres, que faz parar as chuvas e os ventos, as aves e os animais selvagens com tamanha luz que de si irradia. Não há noite que não clareie, nem dia que não escureça! Os rios correm para o leito e as nuvens dissolvem-se nos mares! Tudo precipita a sua beleza!
(...)

SOUSA, Pedro Miguel Teixeira, AS NÚPCIAS DE CUPIDO E PSIQUE, Ato IV, Cena IX.