quinta-feira, 4 de outubro de 2012

"Media online" está a ganhar espaço

Os papéis começam a inverter-se. A internet é mais rápida e, se quiser, mais completa. Se no passado a Comunicação Social usava o site para despertar interesse nos leitores, que depois iriam comprar os jornais, hoje já há notícias que só aparecem na internet. Como na imprensa escrita existe o problema do espaço, na internet há espaço 'que nunca mais acaba'. Não estará na altura de repensar o jornalismo e remeter para o site o que falta na imprensa escrita?
Talvez o futuro passe por: 
1 - Títilo e Lead (Despertar) -» internet; 
2 - Títilo, Lead e Corpo da notícia -» imprensa escrita; 
3 - Títilo, Lead e Corpo da Notícia (e espaço para comentários) -» internet.

Usei uma intervenção minha na Assembleia Municipal de Fafe para fazer a analogia. Na referida intervenção foquei 3 pontos: a) Deputados que recebem e não produzem; b) As maioria das intervenções fala da cidade e não as freguesias; c) Cultura, Património.
A Imprensa escrita só aponta um assunto tratado, sendo que os dois jornais tratam pontos distintos. Na internet está quase a totalidade e destaca os três pontos:

Notícias de Fafe, 04-10-2012


 Povo de Fafe, 04-10-2012



Jornal de Fafe, 30-09-2012
(...)interveio do PSD o Deputado Municipal Pedro Sousa: Começou por referir que o valor pago aos deputados municipais é “exagerado para quem nada produz”, apelando à “participação cívica”, uma vez que foi para isso que todos foram eleitos, em representação daqueles que os elegeram e, acrescentou, que se não o fizerem não passarão de umas “marionetas nas mãos de um malabarista qualquer”. Em segundo lugar, salientou que a maioria das intervenções na Assembleia Municipal focam a cidade e quase nada se fala das freguesias, neste momento direcionou algumas perguntas à assembleia, nomeadamente aos presidentes da junta, questionando se está tudo bem nas respetivas freguesias, pois na do deputado (Regadas) isso não acontece e “até piorou depois das últimas eleições com a vitória do PS”, porque tinham internet a 1€ para toda a freguesia e agora não existe, havia aulas de música e acabaram e todos os documentos são taxados. O último ponto foi direcionado mais para a área cultural, salientado que são imprescindíveis para a qualidade de vida dos cidadãos mas que a autarquia desrespeita continuamente no momento em que as ‘indústrias criativas’ se afirmam cada vez mais, dando exemplo do que apelidou de destruição de património: Desmantelamento da Escola da Feira Velha e na posterior alienação do património a particulares; Na Ponte Românica das Romãs, Rua de Pardelhas, Fafe; No restauro da ponte de Sangidos, também conhecida por ponte de Bouças, onde colocaram pedra azul sobre pedra velha, sendo que as pedras da ponte, segundo pedestrianistas, se encontra no fundo do regato; No desmantelamento do Moinho de Regadas, que só interferia na reconstrução da via em um metro. Para todas estas questões pediu nomes dos responsáveis, ainda que isso não fosse o mais importante, o importante mesmo era que estes percebessem que “estavam a destruir o património”. Referiu que tinha enorme consideração pessoal e intelectual pelo Vereador da Cultura e por essa razão ainda intensificava mais as questões, ao que questionou se este era ouvido ou se simplesmente ignoravam as suas palavras devido a tantas atrocidades contra o património. Em jeito de conclusão, mostrou que a autarquia poderia repensar a atribuição de edifícios às juntas, uma vez que há as que sabem dar-lhes uma excelente utilidade, como o caso do Moinho de Vento de Aboim, mas outras em que isso não acontece como em Regadas. Nesta última mostrou que uma associação tinha solicitado a escola para lá “construir um espaço de dinamização de atividades culturais, formativas e proceder à montagem do Museu do trabalho rural e das tradições do Minho”, o que não se verificou porque a junta preferiu entregar parcialmente a um rancho, que pertence a uma associação em que os membros da junta estão nos seus corpos gerentes, e desta forma a escola passa a maior parte do tempo desocupada com um ensaio semanal do rancho, quando poderia estar disponível para toda a população. Depois de apontar exemplos concretos questionou a autarquia se “não seria mais proveitoso se a Câmara entregasse a administração dos espaços a quem apresentasse os melhores projetos de dinamização”, que poderiam ser alvo de avaliação anualmente, e serviriam melhor a comunidade.” (...)