sexta-feira, 1 de julho de 2011

Portugal, passo a Passo(s)


Começaram por dizer que era inexperiente, uns porque eram de linha partidária diferente e viam o seu tacho em questão e outros porque não sabiam muito bem o que dizer visto que só estão habituados a comentar sobre o que já conhecem. Fica a primeira pergunta: se há políticos que têm muita experiência e o país está uma lástima, não será melhor escolher quem não tem experiência?
Depois, porque não se conformam com as derrotas eleitorais, utilizaram a eleição para Presidente da Assembleia da República para dizer que foi uma grande derrota política. Surge a segunda questão: o que é que alterou na vida dos portugueses a ‘não eleição’ de Fernando Nobre?
Ainda, quase todos os governadores civis pediram a demissão, mas, afinal, para que servem os Governos Civis?
Fartos de políticos que só pensam no seu bem-estar já estão todos os portugueses fartos e há muito tempo. Mesmo assim, ainda há quem prefira bater com a cabeça na parede do que mudar o sentido do seu voto. Felizmente, há uma grande parte dos portugueses que decidem o rumo deste país e vão dando cartões aos governantes conforme o seu desempenho.
Por muito que custe aos habituados ao tachismo, o novo Primeiro-Ministro viajou em classe económica para a reunião de líderes e disse que o fará dentro da Europa. Confesso que não sabia que ele defendia esta ideia, mas fico contente que ele a cumpra. Assim como me pareceu extraordinária a colocação de Fernando Nobre a eleições no parlamento, o que mostrou que Passos Coelho é firme nas suas atitudes. Em campanha eleitoral disse que Nobre era o candidato do PSD à Presidência e, mesmo sabendo que não iria ser fácil, honrou o seu compromisso com o eleitorado. Para terminar em grande este processo, pela primeira vez temos uma mulher a presidir à Assembleia da República, grande sinal de progresso neste país de machistas!
Quanto aos Governos Civis (que podem ser consultadas as suas competências muito facilmente nos sites correspondentes), ainda não sei muito bem o resultado que advirá com novas regras administrativas, mas mantenho a pergunta (“para que servem os Governos Civis?”) e sugiro que a mesma seja colocada em qualquer rua deste país ou ao grupo de pessoas que habitualmente contactamos… vão ver que o resultado é interessante!
Não faltarão momentos para ‘darmos na cabeça’ a Pedro Passos Coelho, Primeiro-ministro de Portugal, mas até ao momento ficamos a saber que defende as suas convicções com todos os riscos que isso acarreta e já poupa dinheiro dos NOSSOS IMPOSTOS nas viagens que faz, até pode nem ser nada de especial porque tem direito a viajar de graça devido ao cargo que ocupa, mas a verdade é que o faz.
É uma medida populista, dizem uns, mas porquê? Será que é por não ser de um partido da esquerda? Mas o que é a esquerda e a direita nos dias de hoje? Da nossa parte, pouco nos importa se é populista… o que interessa é que está a poupar dinheiro aos portugueses. Isto sim, são medidas de esquerda e da direita, do centro e das laterais!
Pedro Miguel Sousa
In Jornal Povo de Fafe (01-07-2011)