segunda-feira, 15 de julho de 2019

Teatro Escolar: “Nunca mais diga isso na sua vida”




A peça de teatro construída para a festa de Natal do Centro de Formação Profissional do Barlavento (Portimão), “Nunca mais diga isso na sua vida” do curso de Cabeleireiros 8,  merece uma reflexão particular no âmbito do ‘Teatro Escolar’.
Era preciso fazer alguma coisa para o Natal. O tempo, como sempre nestas tentativas de cumprir programas, era curto, embora os cursos de formação tenham sempre uma maior flexibilidade do que no ensino oficial. Surge a necessidade de adaptar a matéria à proposta a apresentar, mas não se poderia perder tempo e eis que ‘o texto dramático’ assume um caráter prático.

Temas a abordar
Natal. O que acontece no Natal? Nascimento. Família. Festa. Alegria. Paz. Amor.
Após a exploração das características do texto dramático, os alunos são desafiados a construir pequenas peças em grupos de dois. Num deles surgiu um nascimento, mas um nascimento cheio de gritaria e comicidade. Estava encontrado o ponto de partida.
Uma aula. Sugere um aluno. Dar uma aula onde acontecesse um nascimento. A aula seria ministrada com a ‘imitação’ de um professor, um ‘bacano’, que tem características muito peculiares e que torna a disciplina inicial nas aulas mais divertidas.
Uma aula. Um professor. Uma turma.
A turma desconhece a gravidez da colega. Ela é maltratada. Humilhada. Está gorda (supostamente). A ignorância leva às piores atitudes e surge o “bullying”.
Após a interrupção de uma outra suposta formadora, onde o cómico de situação foi mais que evidente, quer na forma de expressão quer na caracterização da personagem, a aula prossegue pela matéria do inglês. Eis que chega o intervalo. Dá-se o nascimento. O parto foi mais uma etapa de grande alarido. Seguem-se as ‘oferendas’ dos seus colegas, os reis magos agora transformados em representantes de várias nacionalidades, e o pedido de desculpas.
Dá-se o Natal. A festa da amizade. O amor.

Comunicação e Linguagem
A linguagem estava mais do que adequada ao público-alvo. Os espetadores não só reconheciam os gestos e expressões dos ‘professores’ visados, mas também facilmente se reviam naquelas aulas, que também eram suas.

E assim se pode dar a matéria. E desta forma se pode experimentar na prática todo o conhecimento teórico. A Escola precisa disto!