A educação,
cultura e arte ainda são muito pouco amadas. Saraus literários, inauguração de
exposições, lançamento de livros vão medindo o público pela maior ou menor
proximidade ao artista. Não é propriamente o interesse que possa representar a
sua obra, porque todos sabemos que os livros são apenas usados até à fila do
autógrafo e depois nunca mais são abertos. Se questionarmos aleatoriamente um
participante sobre um poema ou um excerto que mais o impressionou, podemos
garantir que poucos saberão responder.
Será que vale
a pena continuar a apostar na oferta cultural e artística?
Claro que
sim! E cada vez mais. Mas não chega anunciar um plano das atividades promovidas
pelo pelouro da Cultura. Não chega traçar um projeto de músicas intimistas. O
que é preciso é fazer tudo isso, mas trabalhar em sintonia com as Escolas do
Concelho. É preciso contruir um Plano Educativo que envolva a Cultura e a Arte.
Educar os mais jovens para uma interação permanente com novas linguagens, pois
serão estas que lhes permitirão construir um percurso mais culto e levarão ao
crescendo da criatividade.
A Escola de
hoje precisa oferecer aos educandos propostas que lhes permitam raciocinar,
investigar até encontrar as respostas às suas interrogações. Os alunos não são
mais estáticos. Os alunos de hoje não querem imposições, mas têm uma mente mais
sensível ao desconhecido. Ao que eles próprios desconhecem, o que não implica
que já tenha sido descoberto e trabalhado por outros. As artes são exemplo
claro disso. Os jovens são capazes de ficar a contemplar uma pintura, uma
escultura ou simplesmente atentos a uma representação teatral ou musical se o
tema os envolver. Os jovens não são apenas espetadores passivos. Os jovens são
atores da sua própria história.
Será que os
agentes culturais, políticos, associativos e os próprios professores se podem
sentar à mesma mesa e traçar um projeto arrojado para melhorar o sucesso
escolar que tanto chateia quando saem os rankings?
A arte é
comunicação estética!