…que tinha
crianças!
E é assim,
agora! Todos os dias. Como se nada mais pudesse parar a estúpida da guerra. Só
mesmo porque há sempre quem queira mandar no seu semelhante. Porque há sempre
interesses que importam apenas a meia dúzia, mas fazem com que as multidões os
acompanhem, mesmo que tenham de destruir os seus concidadãos.
São horríveis
as imagens que nos chegam. São fortes demais. Já nem é o sangue estampado
naqueles milhares de rostos que choca, afinal já o vemos todos os dias, o que
realmente incomoda de verdade é perceber que há crianças que já viveram o que
ninguém deveria sequer saber que existe. Como é possível tanta crueldade? Como
pode o homem cometer tamanhas atrocidades?
Tudo
destruído. Nada resta senão escombros. Até uma maternidade fora bombardeada.
Mas que mal fazem os recém-nascidos ao mundo? E aquele menino de 4 anos que
parte com um saco plástico onde leva as roupas da mãe e da irmã mortas? Quatro.
Apenas quatro anos e já está sozinho no mundo. E já passou o que ninguém devia
passar, muito menos um menino de 4 anos.
Meu Deus, mas
que mundo é este?
Será que há
no mundo alguém que consiga parar estes crimes? Será que alguém consegue tirar
estes ditadores do poder? Será que um dia vamos conseguir deixar de falar em
duas ou três potências que controlam o mundo todo e nós só temos de abanar com
as bandeiras do consentimento?
O mundo
precisa de novos atores. O mundo está a esgotar-se em nada mais do que meia
dúzia de ditadores que se perpetuam no poder a todo o custo e, quando se fartam
ou não podem mais, tentam a todo o vapor passar para os filhos, irmãos ou
outros que possam continuar o seu regime.
Ó Filósofos
Gregos que falta fazeis ao mundo!