Há problemas e ele vai lá. Faz criar formas de resolução e volta lá. Quer
tudo a funcionar e vai lá estar. É assim Marcelo Rebelo de Sousa. Não se
submeteu à vontade de Passos Coelho, mas também não deixa que o Costa lhe diga
o que fazer. Quem marca a sua agenda é ele próprio. Marca, desmarca se alguma
circunstância o justificar – mesmo que seja um compromisso internacional, e
volta a remarcar só para estar junto ao povo português. Sim, o Povo como muitos
gostam de dizer que defendem de cravo ao peito, mas poucos o conseguem fazer
mais do que nos festejos do próprio dia 25 de Abril.
Como eu gostava que houvesse um Presidente com estas medidas em cada Câmara
deste país. E às tantas até há quem esteja perto das populações e são esses que
tanto estão a irritar os dinossauros que dominaram as cidades anos a fio. É
tempo dos ‘afetos’ como tanto se tem apregoado e, como é mais do que óbvio, os
afetos não nascem do acaso, eles têm de ser inerentes à própria condição
humana. Se é certo que também se aprendem, também é certo que eles nunca vão
aparecer de quem quer a todo o custo ganhar uma autarquia, custe o que custar.
Há neste preciso momento em Fafe uma febre desenfreada para derrubar a
Câmara de Fafe. Isso é já falado em reuniões mais ou menos disfarçadas. Desenganem-se
todos os que pensam que vão ter a vida simplificada se tentarem prejudicar o
bom funcionamento de um grupo democraticamente eleito. Que nem pensem que as
decisões de dois ou três dentro de um ou outro partido, que nem ousam fazer
reuniões de avaliação do último ato eleitoral com os militantes, se vão
sobrepor às convicções de quem defende a decisão do povo como última palava.
O povo decidiu e merece ser respeitado.
Se surgirem novas eleições antes do tempo, haverá muitas surpresas. Não
será respeitada qualquer tomada de posição partidária sem que essa seja
previamente discutida e votada em local próprio. Os partidos não têm donos!