sábado, 15 de agosto de 2015

A força do (A)Mar


Esta é uma época excelente do ano. Não quer dizer que as outras não sejam, mas esta é especial. Tudo à volta parece parar. A azáfama do dia-a-dia não importa mais. Os problemas ficam estacionados. Uma ou outra notícia que ouvimos aqui e ali, mas nada importa mais do que o Mar. Mas o mar no seu todo. A praia mais propriamente. A areia e as ondas do mar. O sabor é intenso. “Sou um guardador de rebanhos, os meus rebanhos são pensamentos e os meus pensamentos são todos sensações”…
É verdade que isto não resolve os contratempos da vida, mas acalma-os… não fosse o som calmo das ondas o mais perfeito dos remédios naturais.
Ao mesmo tempo, enquanto a acalmia nos estrutura o pensamento, surge a perfeita noção dos nossos atos, das lutas que teremos de travar para conseguir fazer com que a nossa vida faça sentido e a nossa existência seja uma marca na história da humanidade. Não são os nossos bustos erigidos que procuramos para as praças, nem tão pouco livros de memórias dos nossos feitos, mas são a presença e a verdade da nossa existência.
Mais do que escrever um livro, importa viver o livro. Mais do que plantar uma árvore, é preciso tratar dessa árvore. Mais do que fazer um filho, é obrigatório amar o filho.