quinta-feira, 5 de junho de 2014

As Repúblicas e a sua importância no património da cidade

 Tiago Carvalho, estudante de Engenharia Civil da FCTUC, Felgueirense de Torrados, fazia anos. O Tiago Balhau também fazia, mas estava na Ilha da Reunião.
 Os atuais residentes são convidados natos, mas lá chegou uma mensagem para que os velhinhos se apresentassem numa celebração, ainda que natural, onde os amigos contam e eu estava lá.
Eu e os outros como eu que já de lá saíram há uns anos, mas que continuam a ter a 'República da Praça' como a sua casa. Eu e os outros, agora com o estatuto de velhinhos, que entram e saem da República como as casas onde cada um mora atualmente ou mesmo a casa dos nossos pais. Mas não éramos só nós que estávamos lá, pois também estava a Kotryna Valatkaite , Lituana e autora da fotografia, a Maria e a Helena (Espanholas) que fazem Erasmus em Coimbra e a República da Praça também passou a ser a sua casa. Não moram lá. São comensais. Têm todos os direitos da malta que vive lá (uso do espaço, alimentação...), mas vivem em outras casas.
Uma República é um pouco disto. E muito mais. Como as histórias da malta que quer conhecer uma República e é convidada para jantar. A casa é apresentada dezenas de vezes ao longo do ano. Há sempre alguém novo. Há sempre um amigo que trás outro amigo. Há sempre a festa que acontece de repente. Mas também há um curso para fazer e esta malta sabe bem disso.
A cidade de Coimbra tem um tesouro humano e nem precisou gastar dinheiro para que ele se mantenha vivo. Será que vamos poder festejar os aniversários dos 'Tiagos' mais vezes? Será que vamos continuar a abrir as portas ao mundo nos milhares de estudantes estrangeiros que nos visitam?