segunda-feira, 19 de maio de 2014

Queima das Fitas II

 Médica de um lado. Psicóloga do outro. Protegidíssimo. Sair à noite, em altas festas estudantis, já não é para todos. A idade começa a pesar e um tipo tem de se precaver… Há quem se refugie no ‘guronsan’, mas a possibilidade de estar ladeado por duas profissionais da saúde, física e psíquica, torna-me um tipo mais importante!
A festa foi mais curta este ano. Uma só noite do parque apenas, para mim. Mas o dia foi bem escolhido. A malta da República da Praça não vacila e o ajuntamento da boa disposição encantaram no tão badalado recinto da canção.

 A vida é festa. Nem sempre é esta festa. Até porque esta só acontece durante uma semana em cada ano. A vida é sempre festa quando por perto estão os amigos. Aqueles que “são capazes de tirar a camisa para nos emprestar” e só descansam quando nos veem bem. Dizem por aí, muitos entendidos, que as novas gerações não têm valores. Não querem saber de nada... Não se preocupam com nada... Uns até podem ser mesmo assim, mas quem sai à rua com esta gente, quem tem o privilégio de ver, ouvir e participar nas suas discussões, e não se resguarde em Bunkers prostibulares dando diferentes imagens do ser aparente, consegue perceber que a sociedade continua exatamente como antes, talvez os mais jovens só não aceitem tudo o que lhes ‘tentam vender’ sem questionar, mas no cerne da questão há muitos valores nestas gerações porque são mais diretos no trato. Basta o facto de dizerem o que pensam 'sem se esconderam por trás da cortina da hipocrisia'.