sábado, 17 de novembro de 2012

Nunca gramei políticos profissionais


            Não servem para nada a não ser para viver como lordes à custa dos nossos impostos!
            Zangam-se as comadres descobrem-se as verdades. Agora parece muito fácil tecer considerações sobre as pessoas e principalmente o que as move na política: interesses coletivos? Não, só pessoais. Defender a comunidade? Nunca, apenas proteger os bolsos.
            O que está a acontecer no partido socialista não é mais do que aconteceu com Álvaro Teixeira em Regadas. Muitos aproximaram-se dele para conseguir dividendos para as organizações que representavam, mas logo que os conseguiram deram-lhe um grande pontapé e ofereceram-se a partidos e movimentos para lhe tirar o lugar também. Com amigos destes, quem precisa de inimigos? Esta prática era comum nas freguesias e o partido socialista é craque neste tipo de jogadas. O problema é que agora se torna mais mediático porque se passa na cópula do partido fafense mais votado.
            Quantas vezes Álvaro Teixeira referiu que era muito bem recebido na Câmara, lhe prometiam obra, e depois nada era feito? Pois bem, agora tirem-se as conclusões do que estão a fazer a Antero Barbosa. Enquanto precisaram dele, passaram-lhe a mão pelo pêlo, como já não precisam: levas um chuto como os outros.
            E esta, heim?
            Não pretendo sair em defesa de ninguém com esta crónica semanal, apenas quero reforçar o que já tinha escrito antes sobre situações idênticas. A mim, apesar de ser ‘novo’ como alguns fazem questão de me lembrar, principalmente os políticos ‘velhos’ e habituados a não ter oposição, este tipo de situação não me surpreende. Já há muito tempo vi que o caráter de alguns políticos é mesmo como uma casca de amendoim: muito fácil de quebrar. Recorro a este tema para salientar que o Partido Socialista em Fafe tem pautado a sua atuação por estas e muitas outras peripécias que davam uma tremenda obra literária, será que os escritores de serviço não quererão pegar neste tema? Por exemplo: «As artimanhas de um partido».
            Desconheço o final desta novela, nem sei se o candidato será o que fora até ao momento publicado, isso é um problema que só ao PS Fafe diz respeito, mas não poderei deixar de mostrar o meu descontentamento perante este tipo de atitudes, sejam elas de quem forem ou de que partido for. Para mim, as pessoas valem mais do que qualquer organização partidária, clubista ou outra coisa qualquer. Como não aceitei no passado o oportunismo de alguns que depois de terem o que pretendiam se venderam, inclusive ao PS Fafe liderado por estes senhores que agora guerrilham entre os seus pares, também não poderei estar em concordância com este ato de uso, abuso e ultrapassagem ao então Presidente da concelhia do PS Fafe Antero Barbosa.
            Parece que só gora é que Fafe começa a conhecer quem os governou e governa há muitos anos. Todos querem mandar. Socialistas? Nem sabem o que isso significa. E aqueles que saltaram do PSD e CDS para o PS Fafe, o que dirão? Nada, afinal fizeram o mesmo…
            Como poderão ver, continuo coerente com o que disse no passado! É caso para relembrar os distraídos que «a vida é uma roda, tanto anda como desanda».
Pedro Miguel Sousa, in Jornal Povo de Fafe (16-11-2012)