sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Criar gabinetes de apoios a projectos nas autarquias pode ser um factor de riqueza a curto prazo para todo o concelho

As vozes surgirão já contra as primeiras palavras, mas os mais atentos vão ler até ao fim, porque chega de marasmo e queixinhas em torno de um país à beira da falência! Não são os braços cruzados atitude de gente de garra, afinal somos ou não do norte, carago?
O tema que hoje decidimos abordar já não é novo, mas às vezes temos de falar muitas vezes para ver se alguém nos ouve. Certamente, não serão as palavras que muitos esperarão ouvir no imediato, principalmente as Câmaras que não tenham uma contabilidade muito estável, mas só estes terão capacidade de resposta para oferecer um simples atilho para que depois possa receber o porco. Afinal, até sabemos que ‘as merendas’ são o ex-líbris de muitos senhores…
A proposta de trabalho é muito simples: Criar um Gabinete de Apoio para atender gratuitamente pessoas ou entidades que pretendem desenvolver um projecto, candidatá-lo e realizá-lo no Concelho. Ainda que possa parecer abusado este oferecer de um serviço gratuito, os mais atentos perceberão que ‘ao apoiar algo deste género, a pessoa ou instituição vai criar riqueza no concelho se vir o seu projecto aprovado, porque vai criar postos de trabalho e vai pagar todos os impostos nessa mesma cidade. Ou seja, a velha máxima utilizada na Grécia Antiga «Dou para que me dês», ainda que aquela fosse uma atitude menos apreciada por se tratar de religiosidade, neste caso trata-se de investimento nas pessoas, nas instituições e no concelho.
Este momento é o mais indicado para projectos de fundo, para isso é necessário criar uma equipa especializada (independente) que pense no concelho em geral, defina as prioridades nos distintos sectores (Educação, Cultura, Desporto, Turismo, Lazer, Comércio, Acção Social, Indústria, Comunicação Social – divulgação, Gastronomia…) e abrir as portas para que os investidores, mesmo sem dinheiro, possam avançar para as candidaturas aos financiamentos públicos (QREN, PRODER, dgartes…), porque é para isso que eles existem e se não forem aproveitados não só as comunidades deixam de se desenvolver como também os fundos terão de ser devolvidos.
Para um País dinâmico e promissor, precisamos de Concelhos com atitude!
in Jornal Povo de Fafe (08/01/2010)
Pedro Miguel Sousa