quinta-feira, 24 de novembro de 2022

É preciso criar nichos de programação cultural pelo concelho!

Educação, Cultura e Arte.

As artes não levam a melhor quando se fala em Orçamento de Estado. Há mesmo associações artísticas que tenham visto as suas candidaturas serem rejeitadas pela dgArtes, quando já estavam mais do que enraizadas em comunidades deste país e a fazerem trabalhos de alto nível cultural e artístico. Os apoios ao Desporto são feitos em milhões, enquanto para a Cultura e as Artes são migalhas. E até se compreende que haja um forte investimento no Desporto, pela sua importância no desenvolvimento pessoal, físico e psíquico, mas a Cultura e as Artes não são menos importantes na construção social e humana.

Em pleno século XXI, e com o Governo central a prosseguir a mesma bitola, é essencial que os Municípios percebam que lhes cabe o papel de construtores de comunidades mais saudáveis, mas também mais cultas. Certamente que todos perceberão que uma Câmara Municipal não é uma Escola, mas é com toda a certeza um elemento fundamental no processo educativo. As cartas educativas merecem ser revistas e ampliadas. Incluir o desporto, a cultura e as artes e pensá-la em conjunto com agentes culturais (associações, escolas, empresas…) vai permitir alargar o leque a todo o concelho e com isso envolver mais a comunidade, não só os de tenra idade para criarem hábitos de prática e consumo cultural (teatro, música, cinema, fotografia, escultura, pintura…), mas também aos adultos, que podem seguir passos idênticos, envolvendo-se nas mais diversas manifestações e criar rotinas motivadoras e de elevação pessoal.

Redes concelhias de partilha de produção cultural e artística, à imagem do que acontece com atividades desportivas, ou mesmo na facilidade em contratar artistas e as suas programações, que encontram numa cidade mais do que uma representação, terá de ser um assunto a considerar para colocar um concelho em movimento e constante construção humana.

É preciso repensar a cidade no desporto, na cultura e nas artes!