quarta-feira, 22 de dezembro de 2021

Vem aí o Natal…

 A hora vai já adiantada e estamos num dilema. A inspiração parece não querer nada connosco ou talvez o pensamento esteja já em ‘modus natalício’. Parece que tudo das nossas vidas mundanas deixa de ser importante nesta época. E se fosse assim o ano todo?

Na Antiguidade Clássica paravam-se as guerras para assistir aos festivais. A sua importância era tal que as tréguas eram religiosamente cumpridas durante o decurso das celebrações. A época natalícia não é muito diferente. Mas aqui as tréguas não se fazem por decreto. Nem por imposição forçada. E muito menos por terceiros. As nossas tréguas são pessoais. São mais elevadas. É o nosso espírito que coloca as regras e estabelece os limites.

Os valores. As prioridades. As ambições. Tudo. Tudo mesmo passa para segundo plano. Às vezes até para terceiro ou quarto. O que realmente importa está ali. Uma mesa cheia de tudo, mesmo se quase nada tiver em cima. Mas basta o mais simples da horta para uma harmonia plena.

E se as nossas prioridades se centrassem na mensagem de Natal? Muito severamente estaríamos bem mais comprometidos com tudo o resto! As exigências ao mundo seriam coletivas e haveria Natal em todas as casas.