Também quero uma parede na feira com as lendas de Regadas, já fiz a recolha
história e fora publicada na última revista do Club Alfa, é só escolher:
«Assim, é dito que no 'Vale de Quintela' aparecia uma cadela com pitos; Em
'Mata Burros' (entrada do Loureiro - Paço) aparecia um homem muito grande, o
que levava a que muito povo chegasse ao 'Alto e Vira para Trás' (partilha de
Quintela Loureiro) e fugisse; Em 'Chosabrensa' (Quelha das Campas) aparecia o
lobo e apareciam as bruxas no Rio do Génio.»
Não querendo influenciar a possível escolha, sugeria uma atenção particular
para “a cadela com pitos”, parece-me que dava um excelente quadro e bruxas há
em todas as terrinhas… e Montalegre já as adotou a todas.
Não queria ser desmancha-prazeres, mas os números dos likes nas publicações
quando se fala do tema da justiça não enganam e a única lenda que nos
caracteriza verdadeiramente e levará o nome de Fafe além fronteiras é só uma:
JUSTIÇA DE FAFE!
“Com Fafe, ninguém Fanfe!” já era o lema conhecido em Coimbra, Ansião,
depois em Lisboa e outra vez Coimbra, agora em Portimão e logo, logo, será numa
outra cidade qualquer deste país por onde eu passar e parece-me que esta
experiência é partilhada por todos os fafenses espalhados pelo país e não só. É
o lema que as pessoas conhecem e acham graça à expressão. E, ao contrário do
que poderão pensar, para nos dizerem estas coisas é porque conseguimos criar
simpatia com a maior das naturalidades. Bem, verdade seja dita, também sabem
logo que não se podem esticar, porque também se apercebem que connosco é ‘Pão,
pão! Queijo, queijo!’.
Hernâni Von Doellinger, após a notícia
grafitesta nos muros da feira, começa por destacar na publicação “Fafe, uma camisa-de-onze-varas (ou A bicha...)”, no seu blogue
Tarrenego, um excerto retirado do blogue Falaf Magazine de Jesus martinho sobre A lenda da
bicha das sete cabeças de Fafe, «Conta-se que, há muitos anos, num lugar de
Moreira de Rei, existia uma enorme cobra (bicha) escondida nos silvedos, que
trazia as populações aterrorizadas, pois comia as pessoas e os animais que por
ali passavam. [...]» e, mais adiante, refere-se à lenda da Justiça de
Fafe nestes termos: «Ora bem. Fafenses. Temos um lenda, nossa, só nossa, única,
identificativa de uma gente pacata mas que não aceita levar desanda para casa.
E essa gente somos nós, ou se calhar éramos nós. E eu bem gostava de ver a
nossa lenda contada tintim por tintim no muro da feira. É uma lenda tão única e
tão só nossa que até leva o nome da nossa terra. Olhem que bonito: Justiça
de Fafe.»
Não se percebem bem as razões da tentativa
de apagar a Justiça de Fafe dos livros de história ou, pelo menos, dos
festejos, mas podem ter a certeza, a Justiça de Fafe é o ex-líbris de Fafe,
logo a seguir vem o nosso Fafe com toda a sua Justiça.
Se não mudam de ideias os políticos,
mudemos os políticos!