Ontem levantei-me com o
objetivo de ir tratar de uns assuntos pessoais. Aulas só à tarde e, como ‘chovia
a potes’, não foi fácil levantar-me. Bem, mas o dever fala mais alto e com
algum esforço fiz-me à vida. Tratar do seguro do carro, um abatimento quase
para metade e com as mesmas regalias e na mesma companhia. Passo na farmácia e sou
atendido por duas farmacêuticas lindonas e de um sorriso contagiante – é claro
que só escrevo isto porque a minha namorada não lê estas coisas. Vou ao
Centro de Saúde para marcar uma consulta e lá estive a dizer a minha
disponibilidade. Sim, não foi marcada a consulta na primeira vaga que apareceu
mas ficou para quando a minha agenda o permite. É certo que não é coisa urgente
porque se o fosse tinha (e tenho) consulta todos os dias das 9h00 às 10h00 como
qualquer utente deste Centro de Saúde de Celas do SNS. Ao sair do Centro de
Saúde, lembrei-me que me faltava levantar dinheiro e lá vou eu contente, porque
tudo estava a correr bem, quando de repente uma senhora olha para mim e me
cumprimenta com muita graça e de pompa e circunstância. Não sei quem era, retribui
o gesto do mesmo modo, até porque «gentileza gera gentileza», mas quase me senti
um Presidente da República. Pensando bem, não sei como se sente um Presidente
da República, mas deve ser do género ‘importante’. Só que neste caso, a importância
não é nada mais do que gestos vulgares… ou talvez não, quando se trata do SNS
(Serviço Nacional de Saúde)...