segunda-feira, 14 de abril de 2014

"Caldo entornado" na secção do PSD de Fafe?

Não!
(Este post vem a propósito do artigo “Verniz estalado” de Ricardo Gonçalves que merece algumas considerações.) Na minha opinião, o Presidente da Secção do PSD, José Augusto Sousa, fez o que tinha de fazer com elevação e sentido democrático. Ora vejamos:
a) É o único, na Comissão Política que o próprio preside, que vota contra a coligação PS/PSD;
b) Ao que parece, teve intenção de se demitir de imediato mas aceita a votação e faz o que a maioria decide;
c) Instala-se a coligação;
d) O mandato termina e não se recandidata deixando o caminho livre para que os defensores da coligação avancem.

No meio disto tudo, na minha opinião, só errou quando leva o assunto à Comissão Política e estes decidem avançar sem consultar o Órgão Máximo, e porquê? Porque já sabiam que se fosse a Plenário, embora o resultado fosse o mesmo, haveria com certeza mais contestação. A única diferença é que José Augusto não estaria sozinho na contagem dos votos. Quanto ao resto? Acho muito bem que se dê espaço à coligação para que os Vereadores do PSD não se sintam melindrados, assim não terão desculpa se não conseguirem um bom trabalho, ou seja, não podem apontar armas à comissão política…

Ainda sobre o que Ricardo Gonçalves escreve, importa questionar: ‘tirava a confiança política?’
Ricardo, não se pode tirar a confiança política só porque o Presidente não concorda ou vota contra, há regras internas e aceitar a votação da maioria é uma obrigação. A minha pergunta vai antes noutro sentido: Como é que é possível todos votarem num sentido e só o Presidente, isolado, votar noutro? Ricardo, meu amigo, bem sabes que jogos de bastidores são o ponto de ordem na política… a troco de quê? Isso não posso ser eu a responder, até porque não pertenço à comissão política e não me foi dada a oportunidade de votar.

Por tudo isto, julgo que o melhor mesmo é deixar que aconteça o desejável para a vereação e que a Comissão Política e a Mesa do Plenário estejam enquadradas… espero que pelo menos no plenário os eleitos façam o que fez o Engenheiro Batista quando deu conhecimento da sua atividade (o que deveria ser exigido a todos os eleitos, mesmo das freguesias, só assim se aproximam mais as pessoas do partido), se continue com a troca de opiniões como aconteceram nas últimas (ainda que isso não agrade a todos, porque há quem só queira que se abanem bandeirinhas e se revolte quando são confrontados em vez de aceitar que digam o que faz de menos bem para melhorar, porque quando se trabalha com um nome não é só o individual que conta mas o coletivo) e que depois de votações se aceite o que a maioria desejar.


Quanto ao resto? É política… com a qual não me identifico! Sou antes apologista da transparência. Não posso deixar de dizer o que penso só porque os maiorais não querem críticas. Quando se traça uma estratégia é para melhorar tudo e não se pode ignorar o bem nem o mal, porque só assim se constroem os bons resultados. Há, no entanto, quem pense que tudo o que se diz de menos bom é para os denegrir quando o que queremos é que as coisas melhorem... aceitar as opiniões chama-se "HUMILDADE". 

Um tipo que pensa não é bom… nestes casos!