A
conversa continuou apenas mais 2 ou 3 minutos. Não tive tempo de dizer muito. Esta
já não era a primeira vez que tive uma conversa do mesmo género. Compreendia a
situação. Também não gosto mesmo nada de estar sozinho. Mas tentei orientá-la,
no sentido de minimizar a dor, para que ela criasse as suas próprias regras e
até se juntar a outros colegas cozinhando uns dias numa casa outros nas outras…
aquele sacrifício representará um futuro melhor… enfim!
No dia
seguinte já vi um sorriso e motivação no trabalho… vamos lá, um dia de cada
vez!
A
sociedade até pode ser complexa, mas é nas situações mais comuns que ela se
uniformiza. A nossa juventude pode ser muito irreverente, mas cá está uma prova
que as regras são o pilar da sociedade e a família é e será sempre essa mesma
base estrutural para o saudável crescimento.
Nem sempre
a família pode estar junta. Em tempos de crise, agravam-se as situações.
Agora… aos senhores que nos (des)governam: Talvez seja altura de ouvir mais as vozes de quem sente e menos as teorias
políticas…
Eu sou
um sortudo. Não fui bafejado por presentes caros só porque passei o ano (sempre
me disseram: isso é o teu trabalho, é aí que tens de dar cartas) e nada de
roupas de marca, mas tive sempre ali uma base de apoio muito forte. Para o bem
e para o mal. Ali. Também longe tantas e tantas vezes… mas ali. Obrigado por
tudo… aos dois!
Deixo esta música...
Porque é o dia do Pai e a primeira cassete que o meu Pai me ofereceu tinha esta música.
Porque Zeca Afonso canta Coimbra.
Porque o meu Pai me deu uma cassete de um homem que estudou em Coimbra.
Porque eu era um menino em Fafe quando me deu a cassete.
Porque eu cresci e também fui estudar para Coimbra.
Porque meu Pai está em Fafe e eu em Coimbra... com o coração em Fafe com o Meu Pai!