segunda-feira, 3 de março de 2014

A política fafense e os desencontros amorosos

     Quem namora com quem? Qual a melhor estratégia para apresentar trabalho ao eleitorado? Quem é oposição? Quem é poder? Quem manda?
     Os últimos mimos trocados entre dois nomes conhecidos da ribalta política fafense, José Augusto Sousa - Miguel SummavielleJosé Augusto Sousa, não passam de fedivers.   Nutro simpatia pelos dois e, até digo mais, acho que ambos seriam uma mais valia para a administração da cidade. Não pretendo com isto lançar qualquer tipo de confusão nas cabecinhas mais frágeis – que seja claro! Miguel Summavielle sabe muito bem ao que vai e José Augusto tem humildade suficiente para ouvir os outros, ainda que às vezes possa parecer o contrário com algumas das suas intervenções escritas mais agressivas.
     Independente dos Independentes e partidarismo à parte do PSD, ainda é muito cedo para esta troca de acusações, só se percebe porque é preciso dizer alguma coisa para mostrar que os políticos estão vivos. E porque as crónicas na comunicação social local são uma obrigatoriedade. Será?
     A minha análise pode ser precipitada, mas independentemente de concordar ou não com a aprovação dos IPF aos orçamentos do PS no mandato anterior, justificados porque incluíam matérias dos próprios IPF, estes continuam a ganhar pontos quando o dizem, ou seja, no mandato anterior aprovaram porque eram ouvidos, agora não aprovam porque não são tidos em consideração. Já a posição do PSD está fragilizada. Diria mesmo muito fragilizada com este acordo. É verdade que já vieram a público algumas boas propostas, mas o certo é que são 3h00 da manhã de segunda-feira (véspera de Carnaval) e as luzes continuam a desligar como antes. E os projetos sociais? Quando vão para o terreno? Ao que parece, ainda há candidaturas pendentes nos gabinetes!
     Não nos podemos esquecer que ainda estamos no primeiro ano do mandato. Nem menos nos esqueceremos que há um trabalho de aceleração de processos que não se podem fazer de um dia para o outro, mas há questões que são fáceis de resolver e para isso tem de existir consentimento da presidência.
     O PSD ou se afirma e mostra com clareza que tem uma voz e consegue pôr em prática as suas ideias ou o melhor será arrumar as malas!

     Há, no entanto, um período de trabalho que temos todos de aguardar. Um ano, diria eu, depois disso não haverá mais tolerância ou desculpa para a não colocação em ação dos seus projetos. As vozes que nos vão chegando são benéficas aos dois vereadores (Marinho e Baptista), mas continuo a dizer que não chega a sua boa vontade, é preciso uma afirmação das suas ideias e, como já o referi, sairemos todos a ganhar.
     Acredito piamente na capacidade de trabalho dos dois e aprecio sobretudo a humildade de José Baptista. É reconhecido academicamente, mas também o é enquanto ser humano e é com pessoas destas que todos podemos ganhar. Desejo apenas que as suas ideias sejam postas em prática... porque Fafe já merece há anos!