Quem
namora com quem? Qual a melhor estratégia para apresentar trabalho ao
eleitorado? Quem é oposição? Quem é poder? Quem manda?
Os
últimos mimos trocados entre dois nomes conhecidos da ribalta política fafense,
José Augusto Sousa - Miguel Summavielle – José Augusto Sousa, não passam de
fedivers. Nutro simpatia pelos dois e,
até digo mais, acho que ambos seriam uma mais valia para a administração da
cidade. Não pretendo com isto lançar qualquer tipo de confusão nas cabecinhas
mais frágeis – que seja claro! Miguel Summavielle sabe muito bem ao que vai e
José Augusto tem humildade suficiente para ouvir os outros, ainda que às vezes possa
parecer o contrário com algumas das suas intervenções escritas mais agressivas.
Independente
dos Independentes e partidarismo à parte do PSD, ainda é muito cedo para esta
troca de acusações, só se percebe porque é preciso dizer alguma coisa para
mostrar que os políticos estão vivos. E porque as crónicas na comunicação
social local são uma obrigatoriedade. Será?
A
minha análise pode ser precipitada, mas independentemente de concordar ou não
com a aprovação dos IPF aos orçamentos do PS no mandato anterior, justificados porque
incluíam matérias dos próprios IPF, estes continuam a ganhar pontos quando o
dizem, ou seja, no mandato anterior aprovaram porque eram ouvidos, agora não
aprovam porque não são tidos em consideração. Já a posição do PSD está
fragilizada. Diria mesmo muito fragilizada com este acordo. É verdade que já vieram a público
algumas boas propostas, mas o certo é que são 3h00 da manhã de segunda-feira
(véspera de Carnaval) e as luzes continuam a desligar como antes. E os projetos
sociais? Quando vão para o terreno? Ao que parece, ainda há candidaturas
pendentes nos gabinetes!
Não
nos podemos esquecer que ainda estamos no primeiro ano do mandato. Nem menos
nos esqueceremos que há um trabalho de aceleração de processos que não se podem
fazer de um dia para o outro, mas há questões que são fáceis de resolver e para isso tem de existir consentimento da presidência.
O
PSD ou se afirma e mostra com clareza que tem uma voz e consegue pôr em prática
as suas ideias ou o melhor será arrumar as malas!
Há,
no entanto, um período de trabalho que temos todos de aguardar. Um ano, diria
eu, depois disso não haverá mais tolerância ou desculpa para a não colocação em
ação dos seus projetos. As vozes que nos vão chegando são benéficas aos dois
vereadores (Marinho e Baptista), mas continuo a dizer que não chega a sua boa
vontade, é preciso uma afirmação das suas ideias e, como já o referi, sairemos
todos a ganhar.
Acredito piamente na capacidade de trabalho dos dois e aprecio sobretudo a humildade de José Baptista. É reconhecido academicamente, mas também o é enquanto ser humano e é com pessoas destas que todos podemos ganhar. Desejo apenas que as suas ideias sejam postas em prática... porque Fafe já merece há anos!