sábado, 10 de abril de 2010

PSD volta a reorganizar-se… agora é a vez de Fafe!

As eleições para o PSD Nacional aconteceram e, tal como indicavam as sondagens, Pedro Passos Coelho vence as eleições. Numa atitude construtiva, convida para trabalhar consigo os adversários nesta eleição para a liderança. Eis uma atitude que dignifica a sua postura desde logo, não utilizou a velha máxima ‘não me faças se não queres que te faça’, mas evocou os interesses partidários e a união do partido para um trabalho conjunto.
O PSD precisava de sangue novo! Embora os outros candidatos também eram merecedores de atenção pelas suas qualidades, pessoalmente simpatizo mais com o cumprimento dos mandatos até ao final como faz Rui Rio no Porto e, por isso, acho que Paulo Rangel e Aguiar Branco devem concentrar os seus esforços por fazerem um bom trabalho pelo país, que tanto precisa, nos respectivos lugares para os quais foram eleitos. Se o fizerem, já estão a ser bons políticos!
Tenho tentado não abordar questões partidárias e centrar as minhas crónicas mais no concelho de Fafe, mas a política é quem gere o concelho e, por isso, é preciso que os partidos estejam firmes para que os reais interesses das populações sejam salvaguardados. Como já referi anteriormente, não acredito nas potencialidades de pessoas que fazem da política projectos pessoais, por várias razões, mas devo destacar os abusos de poder, quando se prolongam no tempo e nos mesmos cargos, e a falta de ideias. Acredito, antes, em projectos concretos. E acredito que Fafe tem muita vida para lá do seu centro, que por si só perdeu enormes investimentos com a gestão socialista, quer a nível industrial quer educacional como no passado o objectivo eleitoral de trazer para Fafe um pólo da Universidade do Minho pelo Dr. Humberto Gonçalves e refutada pelo então presidente da Câmara, como refere António Daniel no BlogMontelongo.
Deste modo, o PSD em Fafe precisa de se reestruturar também, embora pense que o humanismo da gestão de Pedro Gonçalves tenha de continuar a ser seguido, pela sua boa relação e prestação, contudo a lista que se segue terá de apostar numa linha dinâmica, empreendedora, capaz de traçar objectivos bem definidos para Fafe e levá-los à população. É preciso apostar nas 36 freguesias a todos os níveis: turismo – envolver os vários agentes culturais e dar-lhes destaque, educação – pólos equipados com qualidade e não fazer as obras só dez anos depois, cultura (popular e erudita) – o cineteatro tem uma programação considerável, mas ainda temos um ‘multiusos’ às moscas – acção social – recuperar casas só para quem realmente precisa e não para os amigos, infra-estruturas – se olharmos para as estradas camarárias dizem tudo (visitar Regadas), projectos habitacionais comuns em várias freguesias, o que permite reduzir custos na sua aquisição e fixar jovens ou fazer com que as pessoas mais velhas possam comprar a sua própria casa…
Serão muitas as investidas que se podem fazer, porque numa coisa não se pode apontar o Partido Socialista em Fafe, o facto de fazerem tudo, pois eles não fazem mesmo, agora não sei se é por falta de ideias ou querem ser bonzinhos e deixam as obras que são realmente precisas para os outros. Para todos os efeitos, não me incomodava nada que as copiassem por mim ou que conseguissem outras melhores, mas que as façam, porque assim Fafe ficaria a lucrar.
Pedro Miguel Sousa
in Jornal Povo de Fafe (09/04/2004)